sábado, 21 de junho de 2014

Propondo relações entre o AEE e o texto “modelos dos modelos"

Segundo a leitura e após reflexões sobre o texto “O modelo dos modelos” de Ítalo Calvino, percebe-se que o Senhor Palomar planeja regras para coloca-las em práticas, reorganizando ajustando-as conforme as necessidades surgidas e busca outras caso não seja adequadas para todas as situações.

Ao se comparar fazendo uma relação com a prática do professor de AEE, o mesmo para ajudar os alunos especiais a superar suas dificuldades, este precisa buscar estratégias e modelos de teoria para colocar em prática, escolhendo assim aquela que é viável para cada caso, pois cada ser humano possui sua particularidade e precisa que seja elaborado um plano conforme suas especificidades e para ajuda-los é preciso que se leve em conta suas reais necessidades, ficando claro que se deve ter um olhar diferenciado nas suas potencialidades e poder trabalhar mediante a esta, construindo estratégias possíveis para o desenvolvimento das suas habilidades e assim contribuir para que este possa adquirir autonomia para sua vida no ambiente escolar, familiar e na sociedade.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Atividade sobre recursos e estratégias em baixa tecnologia para aluno com TGD.

Os recursos de baixa tecnologia podem ser organizados em: cartões, pranchas, pastas coletes, aventais ou coletes, livros, fichários tipo pasta-arquivo e outros.
Estes tem o objetivo de construir autonomia e ampliar a competência funcional do aluno, a comunicação e a interação social, facilitando assim, o aprender através de atividades que possa usar na vida.


Pranchas de comunicação - As pranchas de comunicação servem para facilitar e possibilitar a construção do conhecimento através de objetos ou com vocabulários dos símbolos, letras, sílabas, palavras, frases ou números, ambiente, objetos de uso, comida, animais e outros, sendo trocados por outros no momento em que estes se apropriarem do significado. Elas são personalizadas e devem considerar as possibilidades cognitivas, visuais e motoras do usuário, conforme as necessidades destes como apoio. 
Pranchas com letras e figuras
Objetivo: Desenvolver a percepção da linguagem escrita; promover a associação da palavra com a figura e dos grafemas com os fonemas. É importante que o aluno conheça a função das letras.

Materiais necessários: figuras, letras recortada, Pasta.

Modo de jogar: Os alunos através da orientação do professor deverão formar as palavras de acordo com a figura, associando as letras, o som e sua representação da letra inicial ou final, ou seja,
os alunos devem montar as palavras na frente das figuras com as letras, utilizando o som das palavras para cada letra, usando o sistema fonético.

Cartão de letras e números.

Estes cartões alfabeto com o uso de massinha contribuem para o reconhecimento da letra e o desenvolvimento de habilidades motoras finas. Colocam-se as cartas do alfabeto em uma assadeira e deixe as crianças preencherem as letras com massinha de qualquer maneira que desejarem. Elas podem fazer bolas ou outros para colocar dentro das letras até completando o espaço.
Os cartões de contagem com o uso de massinha possibilitam a construção de habilidades matemáticas e desenvolvem habilidades motoras finas. Os alunos fazem bolas de massinhas para representar o valor do numero.
1-VÍDEO SOBRE O AUTISMO:
2-Vídeo:

domingo, 13 de abril de 2014



O que diferencia surdocegueira de DMU.

Por que a Surdocegueira não é uma Deficiência Múltipla

É considerada uma pessoa com surdocegueira, aquele que nasce ou fica surdocega e não recebem informações sobre o mundo ao seu redor, precisando de uma intervenção de entendimento para construir um conceito sobre aquilo que lhe cerca e assim, poder interpretar e conhecer melhor. E isso só é possível através do uso dos canais sensoriais proximais como: tato, olfato, paladar, cinestésico, proprioceptivo e vestibular.
A Pessoa surdocegueira apresenta uma deficiência única e apresenta ao mesmo tempo perda da visão e da audição. O surdocego é o individuo que apresenta duas limitações independentes do grau das perdas auditiva e visual. E pode ser congênita ou adquirida. Sendo divididas em quatro categorias:
Pessoas que eram cegas e se tornaram surdas; Pessoas que eram surdos e se tornaram cegos; Pessoas que se tornaram surdocegos; Pessoas que nasceram ou adquiriram surdocegueira precocemente, ou seja, antes de terem aprendido alguma linguagem de construir qualquer conceito sobre o mundo tornou-se surdocegos.
Já na deficiência Múltipla não é garantida todas essas informações, e às vezes aproximar-se dela de forma fidedigna, contudo ela sempre terá o apoio de um dos canais distantes (visão e ou audição) como ponto de referência, esses dois canais são responsáveis pela maioria da construção de saberes que se adquiri ao longo da vida.
É consideradas pessoas com deficiência múltipla aquelas que “têm mais de umadeficiência associada. É uma condição heterogênea que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando associações diversas de deficiências que afetam, mais ou menos intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social.” MEC – /SEESP, (2002).
O DMU apresenta características específicas, individuais, singulares e não apresentam necessariamente os mesmos tipos de deficiência, podem apresentar cegueira e deficiência mental; deficiência auditiva e deficiência mental; deficiência auditiva e autismo e outros.


Estes ao ser inserido no espaço escolar lançam desafios a este ambiente, pois este precisa ter acessibilidade, e aos profissionais que estão inseridos nesse recinto, terá a responsabilidade de elaborar situações de aprendizagem com o objetivo de alcançar resultados positivos ao longo do processo de inclusão. Esses educandos formam um grupo com qualidades peculiares e características com necessidades únicas. Todavia, faz-se necessário oferecer cuidados a dois aspectos importantes como:

Segundo Maia, Bosco e Mesquita (2010) É indispensável uma boa adequação postural. Trata-se de colocar o aluno sentado na cadeira de rodas ou em uma cadeira comum ou, ainda, deitado de maneira confortável em sala de aula para que possa fazer uso de gestos ou movimentos com os quais tenham a intenção de comunicar-se e desfrutar das atividades propostas.

A Comunicação.


Existem diferentes alternativas para se proporcionar ao aluno DMU e que podem ser adaptados para seu uso diário. São códigos que podem representar noções concretas. É através da comunicação que os mesmos constroem sua capacidade e competência de interagir com o meio em que esta inserida, é importante que seja respeitado sua individualidade e para possibilitar interação com os demais ao seu redor, que seja estabelecido códigos de comunicação, visando proporcionar sua independência, esse processo pode ser lento e precisará do apoio de todos.



O Posicionamento

Para que esse individuo possa adquirir a aquisição da comunicação é importante que seja planejado a utilização de estratégias como: O uso de Objetos de Referência e pistas.

 Os objetos de referencias têm significados especiais associados a eles, pois servem para comunicar sobre diversas situações.  E têm a função de substituir a palavra, assim podem representar pessoas, objetos, lugares, atividades ou conceitos. Possibilitam um distanciamento espacial.

As pistas são combinações que possibilita a todas as crianças a aprenderem sobre o mundo a sua volta, pois estas prestam atenção nas pessoas, lugares e o que ocorre a sua volta deste cedo. As Crianças com surdocegueira e ou com deficiência múltipla, no seu dia a dia recebem várias pistas que passam a antecipar, lugar, pessoas e ambientes.



É importante o uso destas pistas para que pessoas com surdocegueira e com deficiência múltipla aprendam a comunicação básica.  



 OS CALENDÁRIOS: são instrumentos que contribui para o favorecimento do desenvolvimento da noção de tempo, da comunicação, no ensino de conceitos temporais abstratos e na ampliação do vocabulário e que ajudam os alunos a estabelecer e compreender rotinas. Conforme Maia et AL (2008).





REFERENCIA:

BOSCO, Ismênia C. M. G.; MESQUITA, Sandra R. S. H.; MAIA, Shirley R. Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - Fascículo 05: Surdocegueira e Deficiência Múltipla (2010).

quinta-feira, 6 de março de 2014

A Educação das pessoas com Surdez

 A Educação Escolar de Pessoas com Surdez

  Na Educação de Pessoas com Surdez, é preciso considerar que, entre os vários caminhos Pedagógicos para o Atendimento Educacional Especializado, numa perspectiva inclusiva, esse se constitui o mais difícil de ser trilhado pelos profissionais de educação. Devido aos problemas político-filosófico, pedagógico, metodológico, de gestão e planejamento da escola brasileira, as barreiras que surgiram, ao logo das décadas, tornando-se um grande atraso educacional.
  Nessa época, não havia a intenção de esclarecer que ato educativo relativo ao contexto escolar voltado para o aluno com surdez, necessitava de ser redirecionado, construindo novas e infinitas possibilidades que estimulassem o aluno a uma aprendizagem contextualizada e significativa, desenvolvendo o seu potencial e habilidade cognitiva, linguística e sócia afetiva. Através de novas propostas capazes de gerar novos ambientes de aprendizagem.
  O AEE como referencia para educação inclusiva constitui-se em uma proposta direcionada aos alunos com surdez. Como diz Damázio (2005), “significa preparar para a individualidade e a coletividade, provocando um processo dialógico, buscando a superação da imanência,” e da busca de mudanças sociais, culturais, filosóficas e conta com os três momentos didático-pedagógicos[1].
  A abordagem da Educação de pessoas com surdez inicia-se a partir de grandes conflitos ocorridos há duas décadas, entre gestualistas e oralistas. Ao longo do tempo, esse confronto tornou-se referencia nas políticas públicas, nos debates e nas pesquisas científicas, nas ações pedagógicas direcionadas a este aluno especial. Contudo, não se despreza jamais as três concepções diferenciadas voltadas ao oralismo, bilinguismo e a comunicação total. Há um conceito definitivo centrado ora na inserção desses alunos na classe comum, ora na classe especial ou na escola especial.
  Partindo do pressuposto que as escolas especiais pautam no oralismo onde a capacitação desses alunos está voltada para a utilização da língua da comunidade ouvinte. Não obstante, as proposta educacionais, baseado no oralismo, não alcançaram os resultados satisfatórios, normalizando as diferenças. Com o passar do tempo, foi possível observar que a comunicação total definiu as pessoas com surdez de forma natural, pois passou a aceitar as características, considerando as intenções sociais. Além disso, não é possível desconsiderar as áreas cognitivas, linguísticas e afetivas do aluno.
  A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva surgiu e trouxe no seu bojo as mudanças para o ambiente escolares nas práticas sociais e institucionais, promovendo a participação e aprendizagem de aluno com surdez na escola comum. É consciente a aceitação de que os alunos com surdez não podem ser alojado ao restrito mundo dos surdos, com uma identidade e uma cultura surda.
  Começa-se a pensar e a construir uma pratica pedagógica que tenha como ponto de equilíbrio a abordagem bilíngue, dando ênfase ao desenvolvimento das capacidades individuais das pessoas com surdez na escola. Tal conceito eleva a instituição escolar, porque a condiciona a está preparada para compreender as pessoas com suas distinções física, psicológica e nos seus contextos sociais.
  Percebe-se que as práticas de sala de aula comum e do AEE[2] devem ser articuladas por metodologia de ensino que estimulem esses alunos vivências e que os levem a aprender a aprender, criando condições de aprendizagem dos alunos com surdez na abordagem bilíngue. Retratando o contexto histórico, e lembrando Moura e suas ideias de que a educação de pessoas com surdez estava focada no oralismo, isso no século passado.
  Com isso, houve uma crescente onda de manifestações prol oralismo. Nessa época, inúmeros movimentos aconteciam em todo mundo, excluindo o uso do método gestual. A partir desse momento, houve diversos estudos em vários países do mundo, amadurecendo concepções em favor da linguagem de sinais. Contudo, ainda existe uma grande dimensão entre o que se quer de real para a educação dessas pessoas, e o que não se alcançou, em virtude de um vácuo entre teorias e a verdadeira concepção para ser aplicada no desenvolvimento desses alunos.
  Enfim, o que foi estudado e aplicado na educação de pessoas com surdez somente terá ressonância quando forem respeitados os princípios pedagógicos essenciais, que garantam o acesso às línguas obrigatórias para o atendimento dos alunos com surdez.
Referencias:
DAMÀZIO,M.F.M.;ALVES. AEE do aluno com surdez cap. 2. São Paulo: Moderna 2010.
MOURA, Maria Cecília. O Surdo: Caminhos para uma Nova Identidade. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
DAMÁZIO. Mirlene Ferreira Macedo. Educação Escolar de Pessoa com Surdez; uma proposta inclusiva. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2005. 117 p. Tese de Doutorado.





[1] Atendimento Educacional Especializado em Libras, Atendimento Educacional Especializado para o ensino da Língua Portuguesa, e o Atendimento Educacional Especializado para o ensino de Libras.
[2] Atendimento Educacional Especializado.