domingo, 13 de abril de 2014



O que diferencia surdocegueira de DMU.

Por que a Surdocegueira não é uma Deficiência Múltipla

É considerada uma pessoa com surdocegueira, aquele que nasce ou fica surdocega e não recebem informações sobre o mundo ao seu redor, precisando de uma intervenção de entendimento para construir um conceito sobre aquilo que lhe cerca e assim, poder interpretar e conhecer melhor. E isso só é possível através do uso dos canais sensoriais proximais como: tato, olfato, paladar, cinestésico, proprioceptivo e vestibular.
A Pessoa surdocegueira apresenta uma deficiência única e apresenta ao mesmo tempo perda da visão e da audição. O surdocego é o individuo que apresenta duas limitações independentes do grau das perdas auditiva e visual. E pode ser congênita ou adquirida. Sendo divididas em quatro categorias:
Pessoas que eram cegas e se tornaram surdas; Pessoas que eram surdos e se tornaram cegos; Pessoas que se tornaram surdocegos; Pessoas que nasceram ou adquiriram surdocegueira precocemente, ou seja, antes de terem aprendido alguma linguagem de construir qualquer conceito sobre o mundo tornou-se surdocegos.
Já na deficiência Múltipla não é garantida todas essas informações, e às vezes aproximar-se dela de forma fidedigna, contudo ela sempre terá o apoio de um dos canais distantes (visão e ou audição) como ponto de referência, esses dois canais são responsáveis pela maioria da construção de saberes que se adquiri ao longo da vida.
É consideradas pessoas com deficiência múltipla aquelas que “têm mais de umadeficiência associada. É uma condição heterogênea que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando associações diversas de deficiências que afetam, mais ou menos intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social.” MEC – /SEESP, (2002).
O DMU apresenta características específicas, individuais, singulares e não apresentam necessariamente os mesmos tipos de deficiência, podem apresentar cegueira e deficiência mental; deficiência auditiva e deficiência mental; deficiência auditiva e autismo e outros.


Estes ao ser inserido no espaço escolar lançam desafios a este ambiente, pois este precisa ter acessibilidade, e aos profissionais que estão inseridos nesse recinto, terá a responsabilidade de elaborar situações de aprendizagem com o objetivo de alcançar resultados positivos ao longo do processo de inclusão. Esses educandos formam um grupo com qualidades peculiares e características com necessidades únicas. Todavia, faz-se necessário oferecer cuidados a dois aspectos importantes como:

Segundo Maia, Bosco e Mesquita (2010) É indispensável uma boa adequação postural. Trata-se de colocar o aluno sentado na cadeira de rodas ou em uma cadeira comum ou, ainda, deitado de maneira confortável em sala de aula para que possa fazer uso de gestos ou movimentos com os quais tenham a intenção de comunicar-se e desfrutar das atividades propostas.

A Comunicação.


Existem diferentes alternativas para se proporcionar ao aluno DMU e que podem ser adaptados para seu uso diário. São códigos que podem representar noções concretas. É através da comunicação que os mesmos constroem sua capacidade e competência de interagir com o meio em que esta inserida, é importante que seja respeitado sua individualidade e para possibilitar interação com os demais ao seu redor, que seja estabelecido códigos de comunicação, visando proporcionar sua independência, esse processo pode ser lento e precisará do apoio de todos.



O Posicionamento

Para que esse individuo possa adquirir a aquisição da comunicação é importante que seja planejado a utilização de estratégias como: O uso de Objetos de Referência e pistas.

 Os objetos de referencias têm significados especiais associados a eles, pois servem para comunicar sobre diversas situações.  E têm a função de substituir a palavra, assim podem representar pessoas, objetos, lugares, atividades ou conceitos. Possibilitam um distanciamento espacial.

As pistas são combinações que possibilita a todas as crianças a aprenderem sobre o mundo a sua volta, pois estas prestam atenção nas pessoas, lugares e o que ocorre a sua volta deste cedo. As Crianças com surdocegueira e ou com deficiência múltipla, no seu dia a dia recebem várias pistas que passam a antecipar, lugar, pessoas e ambientes.



É importante o uso destas pistas para que pessoas com surdocegueira e com deficiência múltipla aprendam a comunicação básica.  



 OS CALENDÁRIOS: são instrumentos que contribui para o favorecimento do desenvolvimento da noção de tempo, da comunicação, no ensino de conceitos temporais abstratos e na ampliação do vocabulário e que ajudam os alunos a estabelecer e compreender rotinas. Conforme Maia et AL (2008).





REFERENCIA:

BOSCO, Ismênia C. M. G.; MESQUITA, Sandra R. S. H.; MAIA, Shirley R. Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - Fascículo 05: Surdocegueira e Deficiência Múltipla (2010).