quinta-feira, 6 de março de 2014

A Educação das pessoas com Surdez

 A Educação Escolar de Pessoas com Surdez

  Na Educação de Pessoas com Surdez, é preciso considerar que, entre os vários caminhos Pedagógicos para o Atendimento Educacional Especializado, numa perspectiva inclusiva, esse se constitui o mais difícil de ser trilhado pelos profissionais de educação. Devido aos problemas político-filosófico, pedagógico, metodológico, de gestão e planejamento da escola brasileira, as barreiras que surgiram, ao logo das décadas, tornando-se um grande atraso educacional.
  Nessa época, não havia a intenção de esclarecer que ato educativo relativo ao contexto escolar voltado para o aluno com surdez, necessitava de ser redirecionado, construindo novas e infinitas possibilidades que estimulassem o aluno a uma aprendizagem contextualizada e significativa, desenvolvendo o seu potencial e habilidade cognitiva, linguística e sócia afetiva. Através de novas propostas capazes de gerar novos ambientes de aprendizagem.
  O AEE como referencia para educação inclusiva constitui-se em uma proposta direcionada aos alunos com surdez. Como diz Damázio (2005), “significa preparar para a individualidade e a coletividade, provocando um processo dialógico, buscando a superação da imanência,” e da busca de mudanças sociais, culturais, filosóficas e conta com os três momentos didático-pedagógicos[1].
  A abordagem da Educação de pessoas com surdez inicia-se a partir de grandes conflitos ocorridos há duas décadas, entre gestualistas e oralistas. Ao longo do tempo, esse confronto tornou-se referencia nas políticas públicas, nos debates e nas pesquisas científicas, nas ações pedagógicas direcionadas a este aluno especial. Contudo, não se despreza jamais as três concepções diferenciadas voltadas ao oralismo, bilinguismo e a comunicação total. Há um conceito definitivo centrado ora na inserção desses alunos na classe comum, ora na classe especial ou na escola especial.
  Partindo do pressuposto que as escolas especiais pautam no oralismo onde a capacitação desses alunos está voltada para a utilização da língua da comunidade ouvinte. Não obstante, as proposta educacionais, baseado no oralismo, não alcançaram os resultados satisfatórios, normalizando as diferenças. Com o passar do tempo, foi possível observar que a comunicação total definiu as pessoas com surdez de forma natural, pois passou a aceitar as características, considerando as intenções sociais. Além disso, não é possível desconsiderar as áreas cognitivas, linguísticas e afetivas do aluno.
  A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva surgiu e trouxe no seu bojo as mudanças para o ambiente escolares nas práticas sociais e institucionais, promovendo a participação e aprendizagem de aluno com surdez na escola comum. É consciente a aceitação de que os alunos com surdez não podem ser alojado ao restrito mundo dos surdos, com uma identidade e uma cultura surda.
  Começa-se a pensar e a construir uma pratica pedagógica que tenha como ponto de equilíbrio a abordagem bilíngue, dando ênfase ao desenvolvimento das capacidades individuais das pessoas com surdez na escola. Tal conceito eleva a instituição escolar, porque a condiciona a está preparada para compreender as pessoas com suas distinções física, psicológica e nos seus contextos sociais.
  Percebe-se que as práticas de sala de aula comum e do AEE[2] devem ser articuladas por metodologia de ensino que estimulem esses alunos vivências e que os levem a aprender a aprender, criando condições de aprendizagem dos alunos com surdez na abordagem bilíngue. Retratando o contexto histórico, e lembrando Moura e suas ideias de que a educação de pessoas com surdez estava focada no oralismo, isso no século passado.
  Com isso, houve uma crescente onda de manifestações prol oralismo. Nessa época, inúmeros movimentos aconteciam em todo mundo, excluindo o uso do método gestual. A partir desse momento, houve diversos estudos em vários países do mundo, amadurecendo concepções em favor da linguagem de sinais. Contudo, ainda existe uma grande dimensão entre o que se quer de real para a educação dessas pessoas, e o que não se alcançou, em virtude de um vácuo entre teorias e a verdadeira concepção para ser aplicada no desenvolvimento desses alunos.
  Enfim, o que foi estudado e aplicado na educação de pessoas com surdez somente terá ressonância quando forem respeitados os princípios pedagógicos essenciais, que garantam o acesso às línguas obrigatórias para o atendimento dos alunos com surdez.
Referencias:
DAMÀZIO,M.F.M.;ALVES. AEE do aluno com surdez cap. 2. São Paulo: Moderna 2010.
MOURA, Maria Cecília. O Surdo: Caminhos para uma Nova Identidade. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
DAMÁZIO. Mirlene Ferreira Macedo. Educação Escolar de Pessoa com Surdez; uma proposta inclusiva. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2005. 117 p. Tese de Doutorado.





[1] Atendimento Educacional Especializado em Libras, Atendimento Educacional Especializado para o ensino da Língua Portuguesa, e o Atendimento Educacional Especializado para o ensino de Libras.
[2] Atendimento Educacional Especializado.